(antes de prosseguir lendo este texto pare um minuto e responda para você mesmo a pergunta do título)
Esses dias ouvi uma pessoa comentando sobre uma pregação feita sobre a seguinte conversa de Jesus com seus discípulos: “Jesus interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas. Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. […]Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;” (Mt 16:13-16,18 – ARA).
Um profeta é reconhecido pelo que faz. Aquilo que profetiza ou os milagres que realiza é o que caracteriza o profeta. Os discípulos reconheciam Jesus por aquilo que ele fazia: multiplicação de pães e peixes, cura de enfermos, endemoninhados, etc (João Batista, Jeremias, Elias ou outro dos profetas), mas Pedro reconheceu Jesus por quem ele era, não pelo que ele fazia: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.”. Sobre essa revelação é edificada a Igreja de Jesus. Sobre quem Ele é, não sobre o que ele faz.
Não estou me referindo a instituições filantrópicas que se auto-denominam igreja e, abusando da fé das pessoas que não conhecem a Palavra de Deus, apresentam um Jesus que faz ou pode fazer, no lugar do Jesus que simplesmente É o Filho de Deus. Estou querendo fazer uma reflexão para mim que, na comunhão com vocês e os outros peregrinos, sou parte desse organismo reconhecido por Jesus como Igreja. Quero te encorajar a fazer para si, as perguntas que fiz para mim mesmo, desde o título até as que virão.
Será que eu tenho sido edificado sobre a Rocha de quem Jesus é? Será que minha adoração, minha devoção tem sido fundamentada em quem Jesus é? Se minha fé está fundamentada em quem Jesus é, pode dar tudo errado que eu não vou parar, desistir ou voltar atrás. Pois se minha adoração está fundamentada em quem Jesus é, não importa o que ele faz ou pode fazer, ele É o Cristo, o Filho do Deus vivo, e ainda que ele não multiplique os pães ou ressuscite mortos, ele É digno de ser adorado. Logo, se ele ‘não faz nada’ devo continuar o adorando.
Difícil pra eu escrever isso, pois tenho passado pela faze que, de longe, tem sido a mais confortável da minha vida. Confesso que não é fácil permanecer em um relacionamento com Deus em meio à tempestade (até mesmo Pedro afundou). Durante essa fase turbulenta tenho tido alguns vacilos, mas estou aprendendo a pedir a Deus: “muda minha vida e me ensina a te adorar por quem Tu és”.
Se sua resposta ao título foi algo parecido com: “Jesus é quem me cura, Jesus é quem me da vida eterna, quem me da Paz, etc…”.
Cuidado!
Jesus é, ou vale para você, o tanto quanto ele faz ou pode fazer para você (ou por você), e na mais leve brisa, o que você acha que é um relacionamento com Deus pode desmoronar, pois está sendo construído sobre a areia daquilo que Jesus faz (ou pode fazer). Reflita e construa seu relacionamento sobre a Rocha de quem Jesus é e o adore apesar das circunstâncias.